Como lidar com a piora nos sintomas do burnout em dias de trabalho?

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Tempo de leitura: 9 minutos

Para lidar com a piora do burnout no trabalho, reconheça os sinais cedo, faça pausas estratégicas, reduza gatilhos e ajuste sua rotina para se proteger.

Como lidar com a piora nos sintomas do burnout em dias de trabalho?

Se você quer saber como lidar com a piora dos sintomas do burnout em dias de trabalho, a resposta direta é: interrompa o ciclo de sobrecarga antes que ele te derrube.

Isso significa reconhecer os sinais no momento em que surgem, agir rápido com pausas, ajustes no ambiente e pequenas mudanças na forma de executar as tarefas, para que o desgaste não avance.

Cheguei a essa resposta analisando como o burnout é descrito na CID-11 e no DSM-5 (como um estado de exaustão física e mental causado pelo estresse crônico no trabalho) e combinando isso com práticas de terapia com práticas baseadas em evidências.

Para resolver o problema na prática, você precisa de três pilares:

  1. Pausas estratégicas ao longo do dia;
  2. Controlar os gatilhos que mais te estressam e;
  3. Monitorar constante os sinais de agravamento.

Somando a isso a reorganização do ambiente e o uso de microobjetivos, você cria uma rotina de autoproteção que mantém o burnout sob controle.

Ler este artigo até o fim vai te trazer quatro vantagens:

  1. Aprender técnicas simples e rápidas para aliviar sintomas no próprio expediente.
  2. Descobrir estratégias de prevenção para não deixar o burnout crescer.
  3. Entender como adaptar seu ambiente e rotina para reduzir o impacto do estresse.
  4. Sair com um plano prático que pode ser aplicado já no próximo dia de trabalho.

1. Faça pausas estratégicas ao longo do dia

Se você quer saber como aliviar o peso do burnout durante o expediente, a resposta é simples: pare de tentar ser uma máquina e faça pausas curtas e estratégicas.

Isso significa levantar da cadeira, alongar o corpo, respirar fundo ou até dar uma volta rápida para arejar as ideias. Parece perda de tempo, mas é como carregar o celular: sem isso, a bateria (no caso, você) morre antes do dia acabar.

Agora, por que isso funciona tão bem? É porque o corpo humano não foi feito para ficar no modo “trabalhar sem parar” como um robô.

Nosso cérebro precisa de intervalos para processar informações e diminuir o estresse acumulado. Se você se obriga a parar, mesmo que por cinco minutinhos, está dizendo ao seu corpo: “Calma aí, amigo, vamos desacelerar antes que dê ruim“.

Tipo de pausaBenefício
Alongamento de 5 minutosReduz tensão muscular
Caminhada rápidaMelhora a circulação
Respiração profundaAcalma e reduz ansiedade
Beber água longe da mesaDá descanso visual e mental

O sistema nervoso alterna entre momentos de ação (modo acelerado) e momentos de descanso (modo relax).

Quando você emenda uma reunião atrás da outra sem respirar, fica preso no modo acelerado o dia todo: e isso é receita para esgotamento.

Ao intercalar pausas, você reseta o corpo e a mente, criando micro-recarregamentos que evitam que o burnout exploda no fim do dia.


2. Identifique e limite gatilhos de estresse imediato

Quer saber como evitar que o burnout piore rapidinho durante o expediente? Aprenda a reconhecer e diminuir os gatilhos de estresse.

Esses gatilhos são coisas óbvias, como um chefe gritando, ou mais sutis, como notificações incessantes no celular. Quanto mais rápido você identificar o que te deixa tenso, mais fácil fica agir antes que o nervoso tome conta.

E por que isso funciona? Embora a Síndrome de burnout não seja uma doença mental, ela provoca estresse, provocado por estímulos repetidos que disparam o modo alerta do seu corpo.

É como se alguém ficasse cutucando você o tempo todo: cedo ou tarde, você explode.

Ao cortar ou minimizar esses estímulos, você quebra o ciclo e dá espaço para o seu cérebro respirar. Isso mantém o foco e evita aquela sensação de estar à beira de um ataque de nervos o dia todo.

GatilhoComo reduzir
Notificações constantesSilenciar durante tarefas importantes
Reuniões demaisSugerir pautas objetivas e mais curtas
Interrupções na mesaUsar fones de ouvido como escudo social
Prazo impossívelNegociar datas e dividir tarefas

A lógica aqui é quase matemática: menos gatilhos = menos reações de estresse = mais energia para o que importa.

Se você reduz o número de iscas que o dia te oferece para perder a paciência, automaticamente reduz também as chances de entrar no ciclo de esgotamento..


3. Adote microobjetivos no trabalho

Se você quer parar de sentir que está sempre correndo atrás do prejuízo, comece a dividir suas tarefas em pedaços menores.

Em vez de olhar para um projeto gigante e pensar “nunca vou conseguir“, quebre em partes simples e faça uma de cada vez. É como comer uma pizza: você não engole inteira, fatia por fatia fica bem mais fácil.

O motivo dessa técnica funcionar é que nosso cérebro gosta de recompensas rápidas. Toda vez que você conclui um microobjetivo, ativa o sistema de recompensa e sente uma pequena onda de satisfação.

Isso gera motivação para continuar, mesmo em dias pesados. Além disso, evita que a ansiedade se acumule olhando para uma pilha de coisas sem saber por onde começar.

TarefaMicroobjetivos
Escrever relatórioFazer o esboço → revisar dados → escrever introdução
Organizar estoqueSeparar por setor → etiquetar → registrar no sistema
Preparar apresentaçãoDefinir tópicos → escolher imagens → ensaiar
Limpeza geralDividir por cômodos → varrer → passar pano

Pequenas vitórias fazem a gente querer repetir a ação. Quando uma meta parece alcançável, seu corpo libera menos cortisol (o hormônio do estresse) e mais dopamina (o hormônio da motivação).


4. Reorganize o espaço de trabalho

Quer melhorar seu humor e diminuir o cansaço no trabalho? Comece arrumando e adaptando seu espaço.

Trocar a cadeira, ajustar a iluminação ou simplesmente limpar a mesa faz milagres. Um ambiente mais confortável e organizado evita distrações e até dores no corpo, o que já ajuda muito na batalha contra o burnout.

Quando o espaço é caótico, seu cérebro gasta energia extra para filtrar estímulos e manter o foco. Já um espaço agradável, com boa luz, ar fresco e conforto, ajuda o corpo a relaxar, reduzindo o estresse e prevenindo tensão muscular.

AjusteBenefício
Cadeira ergonômicaMenos dores nas costas
Iluminação naturalMelhora o humor
Mesa organizadaFacilita o foco
Plantas no ambienteReduz a sensação de estresse

Se o ambiente é confortável, você gasta menos energia para aguentar o dia e mais energia para realmente trabalhar. É como escolher correr numa pista lisa em vez de numa estrada cheia de pedras: o caminho é o mesmo, mas o esforço é muito menor.


5. Monitore sinais precoces de agravamento

Quer evitar que o burnout te pegue de surpresa? Fique de olho nos sinais antes que eles virem um problema gigante.

Esses sinais são coisas como:

  • Cansaço que não passa;
  • Irritação fácil;
  • Dificuldade de concentração ou até;
  • Dor de cabeça no fim do expediente.

Quanto antes você perceber que algo está fora do normal, mais rápido pode agir para evitar que piore.

O motivo disso ser tão importante é simples: burnout não aparece da noite para o dia. Ele é como um vazamento: começa pequeno e, se ninguém faz nada, acaba inundando a casa.

Quem se observa evita surpresas desagradáveis e mantém o controle da própria saúde.

SinalO que fazer
Falta de focoFazer pausas e exercícios de respiração
Irritação frequentePraticar técnicas de relaxamento
Cansaço constanteRevisar rotina de sono e alimentação
Dores físicasAjustar postura e procurar orientação médica

É mais barato trocar o óleo do carro do que consertar o motor quebrado. Se você nota os “barulhos estranhos” do corpo e da mente logo no início, consegue corrigir a rota com menos esforço.

Além disso, manter um registro, nem que seja um bloquinho com anotações rápidas, ajuda a identificar padrões como “segunda-feira estou sempre mais cansado” ou “reuniões longas me deixam irritado“.


Perguntas frequentes

  1. Se eu sentir o burnout piorando no meio do expediente, o que faço primeiro?
    Pare por cinco minutos, respire fundo e se afaste da fonte de estresse. É como tirar a panela do fogo antes que queime.
  2. Pausas curtas realmente ajudam ou é só frescura?
    Ajudam muito. Pequenas pausas reduzem a tensão física e mental, e melhoram a produtividade no resto do dia.
  3. E se o meu chefe não gosta que eu faça pausas?
    Explique que é para manter seu rendimento. Dá para dizer: “Pausa é manutenção, não preguiça“.
  4. Como saber quais são meus gatilhos de estresse no trabalho?
    Anote momentos em que se sentir mais tenso. Depois, veja o que estava acontecendo. Geralmente, o padrão salta aos olhos.
  5. Vale a pena avisar o chefe que estou passando por burnout?
    Se houver abertura, sim. Transparência ajuda a conseguir ajustes na carga de trabalho e mais apoio.
  6. Posso usar o celular para me distrair durante crises de burnout?
    Pode, mas escolha bem: vídeos curtos e leves ou mensagens positivas. Evite notícias ruins ou discussões online.
  7. O que é melhor: terminar tudo de uma vez ou dividir as tarefas?
    Dividir. Microobjetivos tornam o trabalho mais leve e dão sensação de conquista.
  8. Como reorganizar meu espaço de trabalho para ajudar no burnout?
    Ajuste cadeira, iluminação e temperatura. Uma mesa limpa e confortável reduz tensão e aumenta foco.
  9. Plantas no ambiente ajudam mesmo?
    Sim! Elas trazem sensação de calma, reduzem o estresse e deixam o espaço mais agradável.
  10. Devo trabalhar de casa se estiver com sintomas fortes?
    Se possível, sim. Um ambiente familiar pode dar mais conforto e reduzir pressões externas.
  11. Quais sinais mostram que o burnout está piorando?
    Cansaço extremo, irritação, perda de foco e dores físicas recorrentes são os mais comuns.
  12. Vale a pena anotar meus sintomas?
    Sim. Isso ajuda a identificar padrões e agir antes que o quadro se agrave.
  13. E se eu não conseguir evitar reuniões estressantes?
    Prepare-se antes, respire fundo e tente sair por alguns minutos se sentir sobrecarga.
  14. Exercícios físicos ajudam a aliviar o burnout no trabalho?
    Muito! Mesmo uma caminhada de 10 minutos já pode mudar seu humor e disposição.
  15. Quando é hora de procurar ajuda profissional?
    Quando os sintomas atrapalham o trabalho e a vida pessoal de forma constante, ou se você sentir que está no limite.

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